domingo, 31 de agosto de 2008

Atenas


Atena (em grego, Αθηνά, transl. Athiná, em grego moderno, ou Athēná, em grego antigo) é a deusa grega da sabedoria, do ofício, da inteligência e da guerra justa. Há também quem grafe o seu nome como Palas Atená. Freqüentemente é associada a um escudo de guerra, à coruja da sabedoria ou à oliveira.

Atena Giustiniani, Museus Vaticanos
Zeus apaixonou-se por Métis, tendo sido ela sua primeira esposa. Contudo, foi advertido por sua avó Gaia de que Métis lhe daria um filho e que este o destronaria, assim como ele destronou Cronos e, este, Urano. Amedrontado, Zeus resolveu engolir Métis. Para tanto, utilizou-se de um fabuloso ardil. Convenceu sua esposa a participar de uma brincadeira divina, na qual cada um deveria se transformar em um animal diferente. Métis, desta vez, não foi prudente, e se transformou numa mosca. Zeus aproveitou a oportunidade e a engoliu. Todavia, Métis já estava grávida de Atena, e continuou a gestação na cabeça de Zeus, aproveitando o tempo ocioso para tecer as roupas da sua vindoura filha.
Um dia, durante uma guerra, Zeus sentiu uma forte dor de cabeça, e Hefesto, o feio deus ferreiro e do fogo, lhe deu uma machadada na cabeça, de onde Atena saiu já adulta com elmo, armadura e escudo - este coberte com a pele de Amaltéia. Atena se tornou a deusa mais poderosa, ensinou aos homens praticamente todas atividades, como caça, pesca, uso de arco-e-flecha, costurar (algo que ela fazia como ninguém),dançar, e, como havia saído da mente de Zeus, sua marca é a inteligência.
Atena deveria ter se tornado a nova rainha do Olímpo, mas como era mulher, Zeus permaneceu no poder. Há lendas que dizem que Zeus evitava o nascimento normal de um filho com as habilidades de Atena, para não ser destronado.
Atena também é muitas vezes vista segurando em uma das mãos uma pequena imagem de Niké, a deusa da vitória.
Quando Atena e Posídon disputavam o padroado de uma cidade importante, estabeleceram um concurso: quem desse o melhor presente ao povo da cidade venceria. Posídon criou um rio salgado e, portanto, inútil. Em outra versão, o presente do deus teria sido o cavalo. Atena deu uma oliveira que produzia alimentos, óleo e madeira. Atena sagrou-se vencedora e a cidade recebeu o nome de Atenas. Atena desempenhou um papel importante no poema épico de Homero, a Ilíada e a Odisséia. Teve participação no julgamento de Páris, sendo uma das deusas rejeitadas, apoiou os gregos na Guerra de Tróia e atuou como padroeira de Odisseu durante toda a sua longa jornada.

Atena Velletri, Louvre
Atena (ao que tudo indica), permaneceu virgem durante toda sua história, pois pediu aos Deuses Olímpicos para não se apaixonar, porque se ela tivese filhos, teria de abandonar as guerras pela justiça e viver uma vida doméstica.
Há quem diz que Atena se envolveu com os heróis que acompanhava, e até mesmo com Ares, seu grande rival (o qual ela sempre derrotava). Sendo tais boatos falsos ou verdadeiros, sabe-se que ela jamais teve romances com mulheres e jamais teve filhos com deuses, e seus romances com homens guerreiros são um mistério.
Outro julgamento importante em que teve participação especial foi no Areópago, quando julgou Orestes juntamente com o povo de Atenas e o absolveu dando o voto de desempate – o voto de Minerva, do seu nome romano.

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Mitologia Grega

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Hermes


Hermes, mensageiro, psicopompo ou intérprete da vontade dos deuses, (daí o termo hermenêutica) era um deus grego correspondente ao Mercúrio romano. Era um dos 12 deuses do Olimpo. Filho de Zeus e de Maia, nasceu na Arcádia, revelando logo extraordinária inteligência. Conseguiu livrar-se das fraldas e foi à Tessália, onde roubou parte do rebanho guardado por seu irmão Apolo, escondendo o gado em uma caverna. A seguir voltou para o berço, como se nada tivesse acontecido. Quando Apolo descobriu o roubo, conduziu Hermes diante de Zeus, que o obrigou a devolver os animais. Apolo, no entanto, encantou-se com o som da lira que Hermes inventara e ofereceu em troca o gado e o caduceu. Mais tarde, Hermes inventou a siringe (flauta de ), em troca de que Apolo lhe concedeu o dom da adivinhação. Foi famoso também por ser o único filho que Zeus tivera que não era filho de Hera, que ela gostou, pois ficou impressionada pela sua inteligência.
Divindade muito antiga, Hermes era invocado, a princípio, como deus dos pastores e protetor dos rebanhos, dos cavalos e animais selvagens; mais tarde tornou-se deus dos viajantes, e em sua homenagem foram erguidas estátuas à beira das estradas (hermas). Posteriormente, Hermes tornou-se deus do comércio e até dos ladrões; para proteger compradores e vendedores, inventou a balança. Hermes era quem guiava as almas dos heróis ou pessoas importantes até o rio Estige, lugar que ligava o reino dos vivos com o reino dos mortos. Também considerado deus da eloqüência e patrono dos esportistas, é representado como um jovem de belo rosto, normalmente nu, vestido com túnica curta. Na cabeça tem um capacete com asas, calça sandálias aladas e traz na mão seu principal símbolo, o caduceu.
Pã foi fruto dos amores de Hermes com a ninfa Dríope. Ela não foi a única mortal nem a única deusa honrada pelos seus favores. Teve ainda como amantes, Acacalis, filha de Minos; Herse, filha de Cécrope; Eupolêmia; Antianira, mãe de Equion; Afrodite, a deusa do amor, com quem teve Hermafrodito; a ninfa Lara, náiade de Almon; e finalmente sua irmã, a deusa Perséfone, a quem pediu em casamento para Deméter, mãe da moça, que recusou o pedido. Mas foi Hermes quem tentou resgatar Perséfone do reino dos mortos quando ela foi seqüestrada por Hades.

Hermes amarrando as sandálias. Estátua originalmente produzida na Grécia Antiga mas que foi reproduzida pelos romanos por volta do segundo século da era comum. Peça hoje armazenada no Museu do Louvre, em Paris, França.

Hermes (seu nome na Grécia Antiga) ou Mercúrio (conforme ele era chamado na Roma Antiga), obra de François Rude (1784-1855). Esta obra se encontra no Museu do Louvre, em Paris, França.
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Ártemis


Na Grécia, Ártemis (em gr. Άρτεμις) era uma deusa ligada inicialmente à vida selvagem e à caça. Durante os períodos Arcaico e Clássico, era considerada filha de Zeus e de Leto, irmã gêmea de Apolo; mais tarde, associou-se também à luz da lua e à magia. Em Roma, Diana tomava o lugar de Ártemis, frequentemente confundida com Selene ou Hécate, também deusas lunares.

[editar] Mito
O seu mito começa logo à nascença. Ao ficar grávida, a sua mãe incorreu na ira de Hera que a perseguiu a ponto de nenhum lugar, com receio da deusa rainha, a querer receber quando estava preste a dar à luz. Quando finalmente na ilha de Delos a receberam, Ilítia, filha de Hera e deusa dos partos, estava retida com a mãe no Olimpo. Letó esperava gêmeos, e Ártemis, tendo sido a primeira a nascer, revelou os seus dotes de deusa dos nascimentos auxiliando no parto do seu irmão gêmeo, Apolo. Também é conhecida como Cíntia, devido ao seu local de nascimento, o monte Cinto.
Deusa da caça e da serena luz, Ártemis é a mais pura e casta das deusas e, como tal, foi ao longo dos tempos uma fonte inesgotável da inspiração dos artistas. Zeus, seu pai, presenteou-a com arco e flechas de prata, além de uma lira do mesmo material (seu irmão Apolo ganhou os mesmos presentes, só que de ouro). Todos eram obra de Hefesto, o Deus do fogo e das forjas, que era um dos muitos filhos de Zeus, portanto também irmão de Ártemis. Zeus também lhe deu uma corte de Ninfas, e fê-la rainha dos bosques. Como a luz prateada da lua, percorre todos os recantos dos prados, montes e vales, sendo representada como uma infatigável caçadora.
Tinha por costume banhar-se nas águas das fontes cristalinas; numa das vezes, tendo sido surpreendida pelo caçador Acteon que, ocasionalmente, para ali se dirigiu para saciar a sede, transformou-o em veado e fê-lo vítima da voracidade da própria matilha.
Outra lenda nos conta que, apesar do seu voto de castidade, tendo ela se apaixonado perdidamente pelo jovem Orion, e se dispondo a consorciá-lo, o seu enciumado irmão Apolo impediu o enlace mediante uma grande perfídia: achando-se em uma praia, em sua companhia, desafiou-a a atingir, com a sua flecha, um ponto negro que indicava a tona da água, e que mal se distinguia, devido à grande distância. Ártemis, toda vaidosa, prontamente retesou o arco e atingiu o alvo, que logo desapareceu no abismo no mar, fazendo-se substituir por espumas ensangüentadas. Era Orion que ali nadava, fugindo de um imenso escorpião criado por Apolo para persegui-lo. Ao saber do desastre, Ártemis, cheia de desespero, conseguiu, do pai, que a vítima e o escorpião fossem transformados em constelação. Quando a de Órion se põe, a de escorpião nasce, sempre o perseguindo, mas sem nunca alcançar. Segundo outra versão teve um caso com Endimião que ela gerou as 50 Pausânias e Étolo.
É representada, como caçadora que é, vestida de túnica, calçada de coturno, trazendo aljava sobre a espádua, um arco na mão e um cão ao seu lado. Outras vezes vêmo-la acompanhada das suas ninfas, tendo a fronte ornada de um crescente. Representam-na ainda: ora no banho, ora em atitude de repouso, recostada a um veado, acompanhada de dois cães; ora em um carro tirado por corças, trazendo sempre o seu arco e aljava cheia de flechas.
O absinto (Ártemisia absinthium L.) era uma das plantas dedicadas à deusa.
O templo de Ártemis em Éfeso foi uma das sete maravilhas do mundo antigo.

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Ares


Na mitologia grega, Ares (grego Antigo: o Ἄρης, ρης grego moderno [pronome "áris"]) é filho de Zeus (o soberano dos deuses) e Hera. Embora muitas vezes tratado como o deus Olimpo da guerra, ele é mais exatamente o deus da guerra selvagem, ou sede de sangue, ou matança personificada.[1]
Os Romanos identificaram-no como o Marte, o deus romano da guerra e agricultura (quem eles tinham herdado dos Etruscos), mas entre eles, Marte tinha uma estima mais alta
Entre o Hellenes, sempre houve desconfiança de Ares.[2] Embora também a meia irmã de Ares, Atena era uma deidade da guerra, a posição de Athena era de guerra estratégica enquanto Ares tendeu a ser a violência imprevisível da guerra. O seu lugar de nascimento e a casa verdadeira foram colocados muito longe, entre os bárbaros e Trácios bélicos (Ilíada 13.301; Ovid, Ars Amatoria, II.10;), de onde ele se retirou depois que o seu caso com Afrodite foi revelado.[3]
"Ares" permaneceu um adjetivo e epíteto em tempos Clássicos: ‘’’Zeus Areios, Atena Areia, até Afrodite Areia’’’.[4] Em tempos Micenos, as inscrições certificam Enyalios, um nome que sobreviveu em tempos Clássicos como um epíteto de Ares. Abutres e cães, que ambos se alimentam do cadáver no campo de batalha, são sagrados para ele.
Índice[esconder]
1 Símbolos de Ares
2 Ares no culto
3 Atendentes
4 A fundação de Tebas
5 Consortes e filhos
6 Ares no mito
7 Ares e os gigantes
8 A Ilíada
9 Ares na Renascença
10 Ares na cultura moderna
11 Ver também
12 Notas
13 Ligações externas
//

[editar] Símbolos de Ares

Ares.
Ares tinha uma quadriga desenhada com rédeas de ouro para quatro (Ilíada v.352) garanhões imortais que respiravam fogo. Entre os deuses, Ares era reconhecido pela sua armadura de latão; ele brandia uma lança na batalha. Os seus pássaros agudos e sagrados eram a coruja de celeiro, o pica-pau, o bubo e, especialmente no sul, o abutre. De acordo com Argonáuticas (ii.382ff e 1031 e seg; Higno, Fabula 30) os pássaros de Ares (Ornithes Areioi) eram um bando de pássaros que lançavam penas em forma de dardos que guardaram o templo das Amazonas do deus em uma ilha costeira no Mar Negro. Em Esparta, em uma noite ctônica de sacrifício de um cão a Enyalios ficou assimilado ao culto de Ares. O sacrifício poderia ser feito a Ares na véspera de uma batalha para pedir sua ajuda.

[editar] Ares no culto
Embora importante na poesia, Ares era raramente incluído no culto na Grécia antiga, salvo em Esparta, onde ele era propiciado antes da batalha, e, embora implicado no mito de fundação de Tebas, ele apareceu em poucos mitos.[5].
Em Esparta havia uma estátua do deus acorrentado, para mostrar que o espírito de guerra e vitória nunca deveria deixar a cidade. O templo a Ares em Agora de Atenas que Pausânias viu no segundo século AD só tinha sido movido e rededicado lá durante o tempo de Augusto; na essência ele era um templo romano à Marte. O Areópago, "o monte de Ares" onde Paulo de Tarso pronunciou sermões, é situado em alguma distância da Acrópole; em tempos arcaicos era um terreno para disputas. A sua conexão com Ares, possivelmente baseado em uma etimologia falsa, pode ser puramente etiológica.

[editar] Atendentes

Ares.
Deimos, "o terror", e Phobos "medo", eram seus companheiros na guerra[6], crianças nascidas de Afrodite segundo Hesíodo.[7] A irmã e companheiro de assassinato de Ares era Eris, a deusa ou a discórdia ou Enyo, a deusa da guerra, derramamento de sangue e violência. Ele também foi assistido pelo deus menor da guerra Enyalios, seu filho com Enyo,[8] cujo nome ("bélico", o mesmo significado que Enyo) também servia como um título do próprio Ares. A presença de Ares era acompanhada por Kydoimos, o demônio do estrondo da batalha, bem como o Makhai (Batalhas), o Hysminai (Carnificinas), Polemos (um espírito menor da guerra; provavelmente um epíteto de Ares, como ele não teve nenhum domínio específico), e a filha de Polemos, Alala, a deusa/personificação do grito de guerra grego, cujo nome Ares usou como o seu próprio grito de guerra. Sua irmã Hebe também desenhou banhos para ele.

[editar] A fundação de Tebas
Um dos papéis de Ares que era situado em terra firme na própria Grécia estava na fundação do mito de Tebas: Ares foi o progenitor do dragão d’água assassinado por Cadmo, e disso o antepassado dos Espartanos, já que os dentes do dragão foram semeados na terra como uma colheita e cresceu como Espartanos totalmente autoctônicamente armados, uma corrida de homens combatentes, os descendentes de Ares. Para propiciar Ares, Cadmo tomou como noiva Harmonia, a filha da união de Ares com Afrodite, assim harmonizando toda a luta e fundando a cidade de Tebas.

[editar] Consortes e filhos
Há vários filhos de Ares, Cicno (Kýknos) da Macedônia, que foi tão assassino que tentou construir um templo com as caveiras e os ossos de viajantes. Heracles matou esta monstruosidade abominável, gerando a ira de Ares, quem o herói feriu[9].
Outros consortes de filhos de Ares incluem:
Aglauros
Alcippe
Afrodite (apesar de ser esposa de Hefesto)
Anteros (em algumas fontes,[10])
Deimos("Medo")
Eros (em algumas fontes,[11] [12])
Harmonia
Phobos ("Medo")
Enyo
Enyalios
Cirene
Diomedes
Harpina (ou Sterope, segundo algumas contas)
Oenomaus
Otrera (Rainha do Amazonas)
Penthesilea
Hipólita
Antiope
Pyrene
Cicno
Biston
Astyoche
Ascalaphus e Ialmenus
Bistonis
Tereus
Rhea Silvia (mitologia romana)
Remus
Rômulo
Eritéia (uma das Hespérides, filhas de Atlas)
Eurytion
Mães desconhecidas
Melanippe
Thrax

[editar] Ares no mito
No conto cantado pelo bardo na sala de Alcínoo[13], o Deus do sol Hélios uma vez espiou Ares e Afrodite amando um ao outro secretamente na sala de Hefesto, e ele prontamente informou o incidente ao cônjuge Olimpo de Afrodite. Hefesto conseguiu pegar o casal em flagrante, e portanto ele fez uma rede especial, fina e resistente como o diamante para pegar os amantes ilícitos. No momento apropriado, esta rede foi jogada, e encurralou Ares e Afrodite em um abraço apaixonado. Mas Hefesto ainda não estava satisfeito com a sua vingança — ele convidou os deuses Olimpos e deusas a examinar o casal infeliz. Por causa da modéstia, as deusas duvidaram, mas os deuses testemunhar a vista. Alguns comentaram a beleza de Afrodite, os outros opinavam em trocar de lugar ansiosamente lugares com Ares, mas todos zombaram dos dois. Uma vez que o casal foi solto, Ares, embaraçado, fugiu para longe à sua pátria, Trácia.[14]
Em um detalhe interpolado muito posterior, Ares põem o jovem Alectrión à sua porta para avisá-los da chegada de Hélios, como Hélios diria a Hefesto da infidelidade de Afrodite se os dois fossem descobertos, mas Alectrión adormeceu. Hélios descobriu os dois e alertou Hefesto. Ares ficou furioso com Alectrión e o transformou em um galo, que agora nunca esquece de anunciar a chegada do sol na manhã.

[editar] Ares e os gigantes
Em um mito arcaico e obscuro relacionado na Ilíada pela deusa Dione a sua filha Afrodite, dois gigantes ctônicos, os Aloídas, chamados Otus e Ephialtes, lançaram Ares em cadeias e puseram-no em uma urna de bronze, onde ele permaneceu durante treze meses, um ano lunar. "E teria sido o fim de Ares e o seu apetite da guerra, se a bela Eriboea, a madrasta dos jovens gigantes, não tivesse dito a Hermes o que eles tinham feito," ela relatou (Ilíada 5.385–391). "Em um destes suspeitos um festival de licença que é feito no décimo terceiro mês."[15] Ares ficou gritando e uivando na urna até que Hermes o resgatasse e Ártemis enganou os Aloídas fazendo um assassinar o outro.

[editar] A Ilíada
Na Ilíada[16], Homero representou Ares como não fixando lealdades nem respeito à Têmis, a ordem certa das coisas: ele prometeu a Atena e Hera que ele lutaria do lado dos Aqueus, mas Afrodite foi capaz de persuadir Ares para o lado dos Troianos (Ilíada V.699). Durante a guerra, Diomedes lutou com Heitor e viu Ares lutar do lado dos Troianos. Diomedes pediu que os seus soldados retrocedessem lentamente. Hera, a mãe de Ares, viu a sua interferência e perguntou a Zeus, o seu pai, para a permissão de expelir Ares do campo de batalha. Hera estimulou Diomedes a atacar Ares, portanto ele jogou uma lança em Ares e os seus gritos fizeram Aqueus e Troianos igualmente tremem. Athena então pegou a lança e machucou o corpo de Ares, que gritou de dor e fugiu para o Monte Olimpo, forçando Troianos a retroceder (XXI. 391). Depois quando Zeus permitiu que os deuses lutassem na guerra novamente, Ares tentou lutar contra Athena para vingar-se de seu dano prévio, mas foi mais uma vez ferido quando ela lançou um enorme seixo rolando nele. Contudo, quando Hera durante uma conversa com Zeus mencionou que o filho de Ares, Ascalaphus foi morto, Ares desatou a chorar e quis se juntar à luta do lado dos Aqueus descartando a ordem de Zeus que nenhum deus Olímpico devia entrar na batalha. Atena parou Ares e ajudou-o a tirar a sua armadura (de XV.110-128).

[editar] Ares na Renascença
Na Renascença e obras de arte Neoclássicas, os símbolos de Ares são a lança e o elmo, o seu animal é o cão, e o seu pássaro é o abutre. Em trabalhos literários dessas eras, Ares parece como cruel, agressivo, e sanguinário, injuriado tanto por deuses como por seres humanos, muito como ele era nos mitos gregos antigos.

[editar] Ares na cultura moderna
Ares é o principal antagonista em quadrinhos da DC Comics, na história da super-heroína Mulher Maravilha. Também faz uma aparição na série animada Liga da Justiça – Sem Limites. Ele é dublado por Michael York. No episódio “Gavião e Pombo”.
No game Empire Earth, uma das unidades robóticas que se pode construir na era digital se chama Ares.
Ares também é o antagonista principal no jogo de videogame God Of War. O anti-herói principal, Kratos, era guerreiro de Ares, mas foi traído quando Ares fez Kratos matar sua própria esposa e filha. Com a ajuda de outros deuses, Kratos mata Ares e vira o novo deus da guerra.
Ares também aparece história em quadrinhos da Marvel Comics como um membro proeminente dos Mighty Avengers. Ele desempenha o papel como de "Wolverine e Thor" tanto tendo os traços de violência como a força de Thor. Ele é também um antagonista principal da versão em quadrinho da Marvel, Hércules.
Ares aparece como um personagem maior na série de TV em Hércules: as Viagens Místicas e Xena: a Princesa Guerreira; tanto como vilão como anti-herói, bem como ter um amor unilateral de interesse por Xena. Ele foi interpretado por Kevin Smith.
Ares também apareceu na produção de Hercules da Disney e as suas séries animadas originadas. Os animadores da Disney retrataram-no em uma armadura de guerreiro e elmo como a sua roupa. Ele também é retratado tendo uma rivalidade com sua irmã Atena na série animada.
Ares é o nome de um dos deuses falsos de Ilíon, uma novela escrita por Dan Simmons.
Há um manhwa (desenho em quadrinho sul-coreano) chamado Ares.
O míssil que substituirá o ônibus espacial será chamado Ares.
Ares tem muitos traços em comum com o poder do Caos, Khorne em miniaturas de jogos da Games Workshop, Warhammer Fantasy Battle e Dark Millennium. Khorne pode ter sido deliberadamente modelado depois de Ares.
Uma companhia de fabricação de armas em Shadowrun no jogo é chamado Ares.

[editar] Ver também
Alala
Afrodite
Deuses gregos
Nergal
Tyr
Marte (mitologia)

[editar] Notas
Apesar de ser um soldado valente, ele é frequentemente descrito de alguma forma como covarde. A leitura muitas vezes permanece ambígua, como até na inscrição funerária de Attica no final do sexto século:. "Fique e lamente no túmulo de Kroisos/morto Que enfurecendo Ares destruiu um dia, lutando nas filas dianteiras" (Atenas, NM 3851) citado em Andrew Stewart, "Cem Escultores Gregos: As suas Carreiras e Trabalhos Existentes", Introdução: I. "As Fontes" "
""Para mim, você é o mais detestável dos deuses que mantêm o Olimpo," Zeus diz-lhe no Ilíada (5.890); "para sempre a luta é mais querida para você e guerras e matança".
"Odisséia" de Homero viii. 361; para Ares/Marte e Trácia, ver Ovídio. "os A Arte de Amar" livro ii.part xi.585, diz o mesmo conto: "os seus corpos presos são, com dificuldade, libertados, no seu argumento, Netuno: Vênus corre a Paphos: Marte dirige-se a Trácia."; para Ares/Marte e Trácia, ver também Statius, "Thebaid" vii. 42; Herodotus iv. 59, 62.
Burkert (1985). Greek Religion, 169.
Burkert 1985, p. 169.
Ilíada 4.436f, e 13.299f' Hesiodico Escudo de Heracles 191, 460; Quinto de Esmirna, 10.51, etc.
Hesíodo, Teogonia 934f.
Eustathius no Homero 944
Apolodoro de Atenas 2.114.
Cicero De Natura Deorum 3.21
Simonides Frag 575
Nonnus Dionysiaca 5.88
Odisséia 8.300
Odyssey, 8.295. “Em Robert Fagles' tradução""…e os dois amantes, livres de suas obrigações que os preocupavam desde então, apareceram e longe ao mesmo tempo, e o Deus da guerra apressou-se à Trácia, enquanto a Deusa do amor com a sua risada alta apressou-se a Paphos … '.”
Burkert (1985). Greek Religion, 169.
Referências a Ares' aparecem na Iliáda e são coletadas e citadas em http://www.theoi.com/Olympios/AresMyths2.html#Troy

[editar] Ligações externas

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Theoi Project, Ares informação de Ares na literatura clássica, imagens de artes gregas e romanas.
Greek Mythology Link, Ares sumário de Ares no mito.
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Apolo


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Apolo Belvedere, uma das mais célebres representações do deus. Original grego de Leocarés, hoje nos Museus Vaticanos
Apolo, filho de Zeus e Leto, e irmão gémeo de Ártemis, deusa da caça, era um dos mais importantes e multifacetados deuses do Olimpo. Nas mitologias grega, romana e etrusca, Apolo foi identificado como o deus da luz e do sol, da verdade e da profecia, do pastoreio, do tiro com arco, da beleza, da medicina e da cura, da música, da poesia e das artes.
A partir do século III também foi identificado com Hélios, deus do sol, pois era antes o deus da luz, e por paralelismo a sua irmã foi identificada com Selene, a deusa da lua. Mais tarde ainda, foi conhecido principalmente como uma divindade solar.
Sendo o patrono do Oráculo de Delfos, era o deus dos adivinhos e profetas. Sua ligação com a Medicina se fazia pelo seu poder de atrair pragas e a morte súbita, e também através de seu filho Asclépios. Possuindo no mito um rebanho de gado, era o deus dos pastores e defensor dos rebanhos e manadas. Protegia os colonos em terras estrangeiras, liderava as Musas e era o diretor de seu coro. Recebendo de Hermes a lira, firmou sua posição como o deus da Música, e era homenageado com uma forma especial de hino, o peã. Finalmente, Apolo é o deus dos jovens rapazes, ajudando na transição para a idade adulta. Assim, ele é sempre representado como um jovem, frequentemente nu, para simbolizar a pureza e a perfeição.
Apolo representa a harmonia, a moderação, a ordem e a razão, em contraste complementar a Dionísio, o deus do êxtase e da desordem.
Índice[esconder]
1 Etimologia do nome
2 O culto
2.1 Em Roma
2.2 Epítetos e títulos de culto
3 Os mitos
3.1 Descendência
3.2 Amantes
3.3 Outras histórias
4 Representações na arte
5 Notas
6 Referências
7 Bibliografia
8 Páginas externas
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[editar] Etimologia do nome
Era chamado pelos gregos de Ἀπόλλων (Apóllōn) ou Ἀπέλλων (Apellōn), pelos romanos de Apollo e pelos etruscos de Apulu ou Aplu. A origem do nome Apolo é incerta. Platão o associa a ἀπόλυσις (redimir), ἀπόλουσις (purificação), ἁπλοῦν (simples), ou Ἀει-βάλλων (o que dispara). Plutarco sugere uma relação com ἁπλοῦν (unidade), e Hesíquio de Alexandria com απελλα (assembléia), pelo que o tornava o deus da Política. Walter Burkert sugere que a forma Apellai é afim de Apaliuna, um antigo deus da Anatólia cujo nome significa pai leão ou pai luz [1]. Mais tarde seu nome foi ligado ao verbo απολλυμι (destruir). De Grummond o associou ao deus hitita ou hurrita Aplu, invocado durante as pragas, derivado talvez do babilônio Aplu Enlil, que quer dizer filho de Enlil, epíteto de Nergal, uma outra divindade associada ao deus do sol Shamash da Babilônia [2][3] [4].

[editar] O culto
Divindades gregas
Eros
Deuses Primordiais
Deuses Olímpicos
Deuses Ctónicos
Titãs * Musas
Divindades aquáticas
Outras divindades
Deuses Olímpicos
Afrodite * ApoloAres * ÁrtemisAtena * DeméterDioniso * ÉoloEros * HadesHefesto * HeraHermes * HéstiaPoseidon * Zeus
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Possivelmente o culto a Apolo chegou ao mar Egeu antes da época arcaica, entre 1100 e 800 a.C., vindo da Anatólia, embora historiadores como Burkert e Hertel reiterem sua origem totalmente grega [5]. Homero o cita protegendo os troianos contra os gregos, sugerindo sua associação com o oriente. Seu poder de atrair ou erradicar pragas o faz similar em atributos ao deus Aplu Enlil (ou Nergal) da Babilônia e o Aplu hurrita, similitude que reforça as etimologias orientais sugeridas.
Sua ligação com a cura advém de sua absorção do antigo deus curador Peã (PA-JA-WO na linear B), da civilização Micênica, citado por Homero [6] e por Hesíodo [7]. As funções curativas do deus Peã estavam ligadas aos cantos de exorcismo, que mais tarde passaram a ser os hinos laudatórios que receberam o mesmo nome, peã, entoados pelos gregos em cultos e, pelos romanos, antes das batalhas, por ser Apolo identificado com as vitórias após ter morto a serpente Píton.
Seu culto já estava firmemente estabelecido antes do começo dos registros escritos na Grécia, e estava tão disseminado que diversas cidades assumiram o nome de Apolônia, e pessoas chamadas de Apolodoro ou Apolônio eram comuns. Seus dois santuários maiores, Delfos e Delos, eram dos mais influentes da antiga Grécia. Também era cultuado de forma importante em Claros e Abas. Outros santuários havia em Dídima, Hierápolis Bambyce, Corinto, Bassae, Patara e Segesta.
Sua árvore sagrada era o loureiro. Crê-se que alguns sacerdotes mastigavam loureiro para dizerem as profecias, outros usavam ramos de loureiro para salpicar o templo na purificação, ou para purificar a água com o fogo. As coroas de louro eram muitas vezes oferecidas a alguém que tinha conseguido algo extraordinário, superando-se a si mesmo, na procura da arete, o ideal grego simbolizado por este jovem deus. Os animais que lhe estavam associados eram o lobo, o golfinho, o corvo, o cisne, a cigarra, o falcão, a serpente, o rato e o grifo. A lua cheia e a nova lhe pertenciam, e os dias 7º e 20º de cada mês, e seus festivais eram numerosos. Mais tarde fixou-se o dia 22 de janeiro em sua homenagem.
Sua primeira vinculação com os oráculos parece ser originada do desejo dos doentes de saber o prognóstico de seus males. Dois de seus filhos também se tornaram patronos de oráculos: Anfiarão, em Oropos, ao norte de Atenas, e Trofônio, situado em Lebadéia, a leste de Delfos.
Ver artigo principal: Oráculo de Delfos

[editar] Em Roma
Seu culto foi adotado pelos romanos, sendo identificado com Febo, e o Oráculo de Delfos já era consultado pelos italianos desde a época do reinado. No século V a.C. foi estabelecido um templo nos Campos Flamínios, dedicado a Apolo Sosiano [8]. Durante a II Guerra Púnica foram instituídos os Jogos Apolíneos [9], e Augusto se colocou sob sua proteção direta [10], homenageando-o com jogos qüinqüenais, ampliando seu templo e doando-lhe riquezas conquistadas na Batalha de Actium, além de construir-lhe um novo templo no Palatino [11], que se tornou a sede da culminação dos jogos seculares celebrados no ano 17 para comemorar o início de uma nova era [12]
Também teve templos romanos em Termon, em Megalópolis, em Apolônia, Ortígia, Figalia, Corinto e Delos. Seu culto espalhou-se pela maior parte da área de influência do Império Romano, e foi identificado com vários deuses regionais associados à cura, especialmente celtas [13].

[editar] Epítetos e títulos de culto

Apolo lício, cópia romana de um original grego do século IV d.C.. Museu do Louvre

Ruínas do Templo de Apolo em Corinto

Ruínas do Templo de Apolo em Delfos

Ruínas do Templo de Apolo em Dídima
Apolo, como outras deidades, tinha diversos títulos, que lhe eram aplicados para refletir a diversidade de seus papéis, obrigações e aspectos.
Epítetos gregos
Egletes: radiante [14]
Lício: Λυκειος, luminoso
Acestor: Ακέστωρ, curador [15]
Acésio: Ακεσιος, curador
Alexikakos: Άλεξίκακος, aquele que afasta a desgraça
Apotropeu: aquele que afasta o mal
Iatros: Ιατρος, médico
Esminteu: Σμινθειος, caçador de ratos
Parnópio: Παρνοπιος, salta-montes
Aphetoros: deus do arco
Argurotoxos: Άργυρότοξος, do arco de prata
Hekaergos: Έκάεργος, que atira longe, referindo às suas flechas
Hekebolos: Έκηϐόλος, que dispara longe
Licio: Λυκιος, matador de lobos, ou Lykegenes, nascido de uma loba ou nascido na Lícia
Arcagetes: Αρχηγετης, diretor da fundação, por ser fundador das muralhas de Megara
Nomios: vagabundo
Loxias: Λοξίας, oblíquo, pelos oráculos ambíguos
Musagetes: Μουσαγέτης, chefe das musas
Ninfagetes: chefe das ninfas
Acrefio: epíteto com que era adorado na cidade Acréfia, supostamente fundada por seu filho Acrefeu
Clarios: Κλαριος, do dórico κλαρος, doação de terra, por sua supervisão sobre as cidades e colônias
Clario: Κλαριος, pelo santuário que tinha em Claros, Jônia
Cíntio: proveniente de seu nascimento no monte Cinto de Delos
Cirreu: de Círria, localidade próxima a Delfos
Delfínio: Δελφινιος, do útero, que associa Apolo com Delphoi, de Delfos
Pítio: Πυθιος, pítico, de Πυθο, nome homérico de Delfos
Timbreu: Θυμβριος, pelo templo que tinha em Timbra
Epítetos romanos
Febo: brilhante
Averruncus: aquele que afasta o mal
Medicus (médico)
Culicarius: o que afasta os mosquitos
Articenens: o que leva o arco
Coelispex: o que observa o céu
Lesquenório: de leschis, porque presidia as assembléias poéticas e musicais e as reuniões das musas
Actiaco: epíteto que recebeu em Actium, um de seus principais lugares de culto.
Epítetos celtas
Atepomarus: grande ginete, ou dono de um grande cavalo. Sob este nome Apolo foi adorado em Mauvrieres (Indre). No mundo celta os cavalos estavam estreitamente relacionados com o sol.[16][17]
Belenus: brilhante. Este epíteto se deu a Apolo em zonas da Gália, norte da Itália e na Nórica, atual Áustria. Apolo Belenus era um deus solar e da cura [18][19][20][21]
Cunomaglus: senhor dos cães de caça, título dado a Apolo em um altar de Wiltshire. Pode ter sido um deus de cura, e talvez tenha havido um deus anterior, Cunomaglus, também associado à medicina [22]
Grannus: originalmente um deus arcaico da cura, mais tarde fundido a Apolo [23][24])
Maponus: conhecido graças a inscrições encontradas na Inglaterra, este deus pode ser uma fusão local de Apolo e Maponus
Moritasgus: massas de água marinha. Epíteto dado a Apolo em Alesia, onde foi adorado como deus da cura e, possivelmente, dos médicos.[25]
Vindonnus: luz clara. Teve um templo em Essarois, perto de Châtillon-sur-Seine. Foi um deus de cura, especialmente dos olhos.
Virotutis: benfeitor da humanidade. Foi adorado, entre outros lugares, em Fins d'Annecy e Jublains.

[editar] Os mitos
Apolo nasceu de um dos amores adulterinos de Zeus. Quando Hera descobriu a gravidez da rival Leto, proibiu-lhe que desse à luz em terra firme, fosse no continente fosse em qualquer ilha, e colocou em seu encalço a serpente Píton. Perambulando sem destino, Leto acabou por chegar a Delos, uma ilha flutuante criada por Poseidon, compadecido dos seus sofrimentos, e ali deu à luz aos seus gêmeos Apolo e Ártemis. Depois do nascimento, Zeus fixou a ilha no fundo do mar, e mais tarde ela foi consagrada a Apolo.
Outras versões dizem que Hera seqüestrou Ilítia, a deusa dos partos, para impedir o nascimento, mas os outros deuses a aplacaram oferecendo-lhe um colar de âmbar de oito metros de comprimento. Ártemis nasceu antes, e ajudou sua mãe para o parto de Apolo. Com apenas três dias de vida Apolo vingou sua mãe e matou Píton, esfolou-a, e com a sua pele cobriu a trípode das pitonisas.
Seu primeiro amor foi a ninfa Corônis, que lhe deu como filho Asclépio. Tornando-se este um mestre na arte de curar tão poderoso que podia ressuscitar os mortos, ameaçava com isso o poder soberano de Zeus, ultrajava Temis e roubava súditos a Hades, pelo que foi morto pelo raio de Zeus. Para vingar-se, como não podia voltar-se contra seu pai, Apolo matou os Cíclopes, que haviam forjado os raios, e por isso foi castigado. Deveria ter sido desterrado para o Tártaro, mas graças à interferência de sua mãe o castigo foi comutado em um ano de trabalhos forçados como um mortal para o rei Admeto. Sendo bem tratado pelo rei durante sua expiação, Apolo ajudou-o a obter Alceste e a ter uma vida mais longa que a que o destino lhe reservara.
Durante a Guerra de Tróia, Apolo participou ao lado dos troianos, e disseminou a peste entre os gregos em resposta a um insulto de Agamemnon a Crises, um de seus sacerdotes cuja filha Criseida havia sido seqüestrada. Apolo exigiu sua libertação, provocando a ira de Aquiles. Protegeu Enéias quando este foi ferido por Diomedes e ajudou Páris a matar Aquiles, que havia morto Troilo, filho do deus com Hécuba.

[editar] Descendência
Além de Asclépio, já citado, com Cirene teve Aristeu, com Hécuba foi pai de Troilo, com Arsínoe teve Eriopis, e amando Creusa gerou Íon. De Calíope gerou Lino e Orfeu; de Dríope gerou Anfiso; de Etusa, Eleutério; de Quíon, Fílamon, e de Manto, Mopso. De mães desconhecidas teve Cicno, Cíniras e Femónoe.

Andrea Appiani: Apolo e Jacinto

Apolo e Dafne, de Bernini

[editar] Amantes
Boa parte dos mitos que dizem respeito a Apolo falam dos seus inúmeros amores, sendo os mais famosos Dafne, uma ninfa que rejeitou seu amor e foi transformada em loureiro (daí a sacralidade da árvore para Apolo), Jacinto, que se transformou na flor com o mesmo nome, e Ciparisso, o qual se transformou em cipreste. Nestes mitos amorosos Apolo nunca tem sorte, e conta-se que isto se deve ao facto de ele se gabar de ser o melhor arqueiro entre os deuses, o que fez com que Eros, deus do amor, sentisse inveja. Apolo também amou Leucotéia, Castália, Sínope, Marpessa, Cassandra e Acanta.
Apolo, eterno kouros imberbe, foi o deus grego que manteve as relações homossexuais mais célebres, o que não surpreende, sendo ele o deus da palestra, onde os jovens se reuniam para praticar atletismo. Apolo representava para eles o educador ideal, o erastes [26]. Todos os seus amantes masculinos eram mais jovens que ele, como era o hábito entre os gregos. Muitos destes jovens morreram "acidentalmente", significando que estes mitos simbolizavam ritos de passagem, quando o jovem deveria morrer para renascer como adulto.

[editar] Outras histórias
Apolo recebeu a lira de Hermes, que a havia criado com o casco de uma tartaruga e com as tripas do gado que havia roubado de Apolo. Indignado com o furto, Apolo exigiu de Maia, mãe de Hermes, que seu filho devolvesse o rebanho. Enquanto a discussão prosseguia, Hermes começou a tocar a lira, que foi tão admirada por Apolo que a recebeu de presente do irmão, e com isso perdoando-o pela artimanha. Também de Hermes veio a syrinx, trocada pelo caduceu.
Apolo foi o assassino dos filhos de Níobe, vingando a ofensa que esta havia proferido contra sua mãe Leto, gabando-se de ter muitos filhos, enquanto Leto havia tido apenas dois. Algumas versões da lenda contam que alguns filhos foram perdoados. Matou também Anfião, o pai dos jovens, que havia jurado vingança.
Orestes recebeu ordem do Oráculo de Delfos para matar sua mãe, Clitemnestra, e seu amante, Egisto. Mesmo sendo um decreto divino, era um crime contra seu próprio sangue, e por isso Orestes foi duramente atormentado pelas Erínias, até que invocou um julgamento, tendo Apolo como seu advogado, que resultou em um empate. Então Atena pronunciou seu voto favorável, hoje conhecido como voto de Minerva.
Quanto à música, Apolo competiu com Cíniras, seu filho, que perdeu e cometeu por isso o suicídio. Competiu também com o sátiro Mársias, que ao perder foi esfolado vivo para punir sua hubris, e com , quando foi juiz o rei Midas. Dando Pã como vencedor, foi punido pelo deus do sol e da música, que lhe deu orelhas de burro.
Matou os Aloídas quando tentaram atacar o Olimpo, e transformou Cefiso em um monstro marinho.

[editar] Representações na arte
A imensa maioria de estátuas e pinturas de Apolo o mostram um homem jovem, no auge de sua força e beleza. Muitas vezes está nu, ou veste um manto. Pode trazer uma coroa de louros na cabeça, o arco e flechas, ou uma cítara ou lira nas mãos, ou estar apoiado contra uma árvore. Às vezes a serpente Píton também é representada, ou algum outro de seus animais simbólicos, como o grifo e o corvo. Nas pinturas e mosaicos pode ter uma coroa de raios de luz ou uma auréola.
Foi retratado inúmeras vezes ao longo da história. Das estátuas antigas talvez a mais célebre seja o Apolo Belvedere, de Leocarés. Depois do Renascimento, quando a cultura grega voltou a ser prestigiada, Apolo tornou-se novamente tema comum nas artes plásticas, na música, na literatura e na poesia. O rei francês Luís XIV o tomou como modelo de sua própria glória, e imagens de Apolo e do sol abundam em Versalhes e no Louvre. Até mesmo no século XX tem sido motivo de inspiração para os artistas, destacando-se a obra musical Apollon Musagète, de Igor Stravinsky.

Apolo e Hércules disputando a trípode, vaso de Vulci, 480 a.C. Louvre, Paris

Apolo com a cítara e serpente Píton. Obra romana, século II a.C., procedente do templo de Apolo em Cirene, hoje no Museu Britânico, Londres

Apolo citaredo, cópia romana do século I, muito restaurada no século XVII. Palazzo Altemps, Museu Nacional Romano, Roma

Apolo do Ônfalo, cópia de Kalamis (século V a.C.), Museus Capitolinos, Roma

Lairesse: Apolo e Aurora, 1671. Museu Metropolitano, Nova Iorque

Ribera: Apolo e Mársias, 1637, Museu de Capodimonte, Nápoles.

Velázquez: A forja de Vulcano, 1630. Museu do Prado, Madri

Millet: Apolo citaredo. Ópera Garnier, Paris

[editar] Notas
Burkert, W. Greek Religion. Harvard University Press, 1985. pp. 143-144
De Grummond, N. T. Etruscan myth, sacred history, and legend. Philadelphia: University of Pennsylvania Museum of Archaeology and Anthropology, 2006. ISBN 9781931707862
Mackenzie, D. A. Myths of Babylonia and Assyria. Londres: Gresham, c. 1930
Croft, J. Apaliuna and the mouse that killed the serpent, in Ancient Near East. [1]
Hertel, D. Troya. Boadilla del Monte: Editorial Acento. ISBN 84-483-0737-2
Homero. Ilíada. v. 401, p. 900.
Hesíodo. Obras y Fragmentos. Madrid: Editorial Gredos, 2000. p. 307. ISBN 84-249-2462-2
Livio, iii.63.7, iv.25.3.
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Liebeschuetz, J. H. W. G. Continuity and Change in Roman Religion. Oxford: Oxford University Press, 1979. pp. 82-85. ISBN 0-19-814822-4
Suetônio, Vida de los doce césares, xviii.2; Dion Cássio, li.1.1-3; liii.1.3.
Dessau, H. Inscriptiones Latinae selectae. Berlim: Weidmann, 1892
Green, M. J. Dictionary of Celtic Myth and Legend. Londres: Thames & Hudson, 1997. ISBN 0500279756
Apolônio de Rodes, iv.1730; Apolodoro de Atenas, i.9.26.
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Ross, A. Pagan Celtic Britain Studies, In Iconography And Tradition. Londres: Constable & Co, 1967. ISBN 0094723303
Zwicker, J. Fontes historiae religionis Celticae. Berlim: W. de Gruyter et socios, 1934-36.
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Gourvest, J. Le culte de Bélénos en Provence occidentale et en Gaule. In Ogam, volume VI, 1954
Temoignages du culte de l'Apollon gaulois dans l'Helvetie romaine. Revue celtique, volume 51, 1934
Wedlake, W. J. The Excavation of the Shrine of Apollo at Nettleton Wiltshire, In Society of Antiquaries of London, 1982. ISBN 0854312331
Szabó, M. The Celtic heritage in Hungary. Budapeste: Corvina Press, 1971.
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[editar] Referências
Apolodoro de Atenas, Biblioteca mitológica i.3.3
Filóstrato, o jovem, Imágenes 14
Filóstrato o velho, Imágenes i.24
Homero, La Ilíada ii.595–600
Luciano, Diálogos de los Dioses 14
Ovídio, Las metamorfosis x.162–219
Paléfato, Historias increíbles 46
Pausânias, Descripción de Grecia iii.1.3, iii.19.4
Primeiro Mitógrafo Vaticano, 197 (Tamiris y las Musas)
Sófocles, Édipo Rei

[editar] Bibliografia
Burkert, W. Greek religion. Cambridge: Harvard University Press, 1985. ISBN 0674362802
Graves, R. Los mitos griegos Madri: Alianza Editorial, 1955. ISBN 84-206-9814-8
Grimal, P. Diccionario de mitología griega y romana. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 1981. ISBN 84-7509-053-2
Kerényi, K. Apollon: Studien über Antiken Religion und Humanität. Düsseldorf: Diederichs, 1953.
Idem. The gods of the Greeks. Londres, Nova York: Thames & Hudson, 1951

[editar] Páginas externas
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